sexta-feira, 27 de maio de 2016

Quando Deus Responde Não

A mensagem de hoje tem como base o trecho de II Coríntios 12: 7 a 9 e a afirmação do apóstolo Paulo:

"Três vezes orei ao Senhor pedindo que ele me tirasse este sofrimento. Mas Ele me respondeu: a minha graça te basta."

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Sempre fomos ensinados: quem pede recebe. Este ensino está correto e tem suporte nas Escrituras Sagradas. "Peçam e vocês receberão, procurem e vocês acharão, batam, e a porta será aberta para vocês" é o que diz a Bíblia em Mateus 7:7. Também diz: "vocês não conseguem o que querem porque não pedem a Deus" Tiago 4:2

Será que está faltando oração? Será que não alcancei a bênção que procuro porque não orei a Deus? Este pode ser o problema. 



Com esta conclusão em mente, muitas pessoas apresentam seu pedido a Deus insistentemente. Elas desejam vencer pelo cansaço, chegando ao cúmulo de creditar a bênção ao mérito próprio. Acreditam que venceram pela persistência, conseguiram "dobrar" Deus, assim como a viúva da parábola contada por Jesus, que de tanto importunar o juiz teve o seu caso apreciado por ele.

Vemos uma tendência nas igrejas de "receitar" a persistência e a determinação do mesmo modo que se recomenda para os empreendedores em seus negócios. A ideia é insistir até a última gota de sangue, pois no final tudo dará certo, exatamente como você planejou.

Esta conduta é válida e tem sido o alento de muita gente que passa por problemas de difícil solução prática, que exigem paciência e determinação até mesmo para suportar a peso da vida nestas condições. Mas o quando esta solução é usado pra tudo, como se fosse a única regra existente, surge um novo problema porque muita gente resolve pedir insistentemente algo que não é da vontade de Deus.

Vamos analisar algumas questões sobre a oração tentando descobrir os motivos que levam Deus a nos responder um sonoro NÃO, aos pedidos que fazemos.

O primeiro é quando pedimos algo com motivos egoístas e mesquinhos. "E quando pedem, não recebem porque os seus motivos são maus" Tiago 4: 3

Talvez antes de qualquer oração, deveríamos perguntar: isto que estou pedindo, é a vontade de Deus? Afinal foi isto que Jesus nos ensinou na oração do Pai Nosso: "seja feita a Tua vontade". Mateus 6:10



E se o que eu quero não for a vontade de Deus? O filho pródigo queria a herança e Sansão queria Dalila. Mas ambos estavam na contra-mão da vontade de Deus e por isto a herança foi recebida, mas só prejudicou a vida do filho pródigo. Do mesmo modo, Sansão se casou com Dalila, mas ela destruiu a sua vida.

Eram pedidos ruins, inadequados, que deveriam ser evitados. Eles queriam muito receber o que entendiam ser uma bênção. Talvez só receberam depois de muita insistência. Mas o resultado não foi dos melhores.

Sim, devemos orar. Sem oração não há vitória. E também devemos investigar bem para saber se o nosso pedido está de acordo com a vontade de Deus. Faça uma boa análise do seu pedido e verifique se não é apenas um capricho egoísta, como foi o pedido do filho pródigo.

Vencida esta etapa, devemos também nos preparar para o não. Pode ser que Deus não nos dê o que estamos pedindo, por razões que só Ele conhece. O que faremos se pedirmos algo lícito e Deus responder que não? 

Muitos se revoltam, perdem a fé ou culpam alguém. Aquele que optam por culparem a si mesmos podem trilhar o caminho da depressão e do desânimo espiritual.

O apóstolo Paulo que curava todo tipo de enfermidade e chegou a ressuscitar um morto, pediu a cura de sua enfermidade para Deus e ouviu um NÃO como resposta. O que fazer neste caso? Como reagir se pedimos algo lícito, de acordo com a vontade de Deus e mesmo assim a resposta é NÃO?

O apóstolo Paulo encontrou alento em dois pontos de apoio:

Primeiro: ele sabia que aquela doença tinha um propósito, um motivo. "Para que não ficasse orgulhoso demais por causa das coisas maravilhosas que vi, eu recebi uma doença dolorosa, que é como um espinho no meu corpo. Ela veio como um mensageiro de satanás para me dar bofetadas e impedir que eu ficasse orgulhoso" II Coríntios 12: 7

Você já questionou a razão pela qual está passando por uma dificuldade? O que é preciso aprender nesta situação? Que falha da sua vida este problema está ajudando a corrigir? Ou ainda, será que esta dificuldade de hoje está livrando você de um problema maior no futuro?  

Este foi o entendimento do apóstolo Paulo.

Segundo: ele aceitou a vontade de Deus. "Me alegro também com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as perseguições e as dificuldades"afirmou ele em II Coríntios 12: 10. O apóstolo sabia que existe segurança quando estamos dentro da vontade de Deus.

Ele mesmo escreveu: "pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que Deus ama" em Romanos 8: 28. É certo que Deus cuida de nós e esta situação que parece ser de aflição e sofrimento, também está sendo usada por Deus a nosso favor. Não sabemos como, mas está.

Então fica aqui uma nova receita:
1. Verifique se o seu pedido está de acordo com a vontade de Deus;
2. Ore, peça com fé e espere a resposta;
3. Se a resposta for NÃO, procure entender as razões de Deus e aceite a Sua vontade.



Que o Senhor te abençoe e te guarde,
Que o Senhor responda favoravelmente às tuas petições e te dê a paz.



sexta-feira, 20 de maio de 2016

Dízimos e Ofertas

Que papel dos dízimos e das ofertas na vida cristã?

O texto base desta mensagem está em II Coríntios 8: 10 a 21 onde o apóstolo Paulo afirma:
"A nossa vontade é fazer aquilo que tanto o Senhor como as pessoas acham certo"


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A contribuição financeira para a atividade religiosa é um assunto delicado. Muita gente é radicalmente contra, outros são totalmente a favor. Mas qual seria o caminho para fazermos aquilo que tanto o Senhor quanto as pessoas acham certo?

Esta foi a opinião do apóstolo Paulo revelado na segunda carta aos Coríntios. 

Sabemos que a contribuição financeira é um privilégio do cristão. Nós temos a oportunidade de patrocinar com nossos recursos limitados, a grande e ilimitada obra da salvação que Deus realiza na Terra. Se você fosse convidado a contribuir com um tijolo de uma ponte muito importante certamente se sentiria feliz em ver seu nome na placa de inauguração.

Numa situação assim, seria maior o nosso benefício pessoal de ter participado do projeto, do que o benefício do construtor com a nossa doação. A obra de Deus é assim. Trata-se de algo sobrenatural e grandioso para o qual somos convidados a contribuir com nosso talento, habilidades e recursos.

Sendo assim, a contribuição deve ser feita com este espírito de humildade e alegria. 

E qual é a diferença entre dízimo e oferta?

A palavra dízimo significa "décima parte", ou seja, dividindo alguma coisa em dez partes, o dízimo é o equivalente a uma destas partes: uma parte dentre as dez. O dízimo é a contribuição calculada sobre a renda. Quem tiver renda poderá dividir os seus ganhos em dez partes e doar uma delas para a Obra de Deus. 

Foi assim na nação de Israel e o próprio Jesus menciona a prática no novo testamento em Mateus 23:23. Quem tem renda deve doar, quem não tem renda não tem como devolver os dízimos. 

Já a oferta é uma doação voluntária, conforme o desejo da pessoa, que não será calculada sobre a renda. O ofertante faz o cálculo conforme seu coração, conforme a necessidade que deseja suprir e não conforme a quantia que ganhou ou que tem guardado. O apóstolo aponta sua opinião neste sentido: "Deus aceita a oferta conforme o que a pessoa tem. Deus não pede o que a pessoa não tem." II Coríntios 8:12

A contribuição financeira é um ato de adoração, significa que apoiamos a causa de Deus, consideramos que é importante, que merece a nossa participação. É por isto que o apóstolo afirma: "Não com tristeza, nem por obrigação, pois Deus ama ao que dá com alegria" II Coríntios 9:7

Mas existem duas coisas sobre os dízimos e as ofertas que pouca gente sabe:

Primeiro: a contribuição funciona como um instrumento de educação financeira. Quem doa faz as contas. E quem faz as contas planeja o futuro, está protegido do descontrole, antecipa a soluções de problemas. O Senhor Jesus falou disto em Lucas 14: 28.

Segundo: a contribuição gera um sentimento de satisfação com a sua renda. Você vive dentro da sua renda e ainda sente que foi possível contribuir com a obra de Deus. O apóstolo Paulo diz o seguinte: "Tenho tudo o que preciso... Deus lhes dará tudo o que precisam" Filipenses 4: 10 a 20

Deus não precisa de dinheiro, assim como não precisa do sábado, nem que da sua honestidade. Quando Deus nos ordena alguma coisa, na verdade Ele está pensando em nós, em nossa segurança, em nosso bem estar. Se você não roubar, quem ganha com isto é você mesmo. Se você guardar o sábado, este descanso refletindo nas coisas de Deus se transforma em bênção na sua vida.

O mesmo acontece com as contribuições financeiras: quem contribui é que é abençoado por controlar melhor o seu dinheiro, sentir-se satisfeito com sua renda e mais ainda por patrocinar a grande Obra de salvação. 

É por isto que somos recomendados a nos reconciliar com nosso irmão antes de entregar a oferta. O que Deus deseja é o nosso bem, o nosso coração em paz e não o nosso dinheiro.




Então vamos resumir:
1. A contribuição financeira é uma doação voluntária;
2. Não é fazer negócio com Deus, esperando algo em troca;
3. Deve ser feita com fé.

Lembre-se:
O homem vê o dinheiro e quantidade de dinheiro.
Deus vê o homem e os motivos no coração do homem.



Que o Senhor te abençoe e te guarde
Que o Senhor multiplique a tua renda e as tuas doações e te dê a paz.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Vamos Pregar o Evangelho?

A mensagem de hoje é sobre a responsabilidade de cada crente na pregação do evangelho.

Nosso texto base está na primeira carta aos Coríntios, capítulo 15, versículos 1 a 11.

Você pode ler o texto aqui mesmo, assistir o vídeo do Youtube ou ainda baixar apenas o arquivo de áudio. Escolha a melhor opção pra você e vamos pregar o evangelho.



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A reflexão na Palavra de Deus é na verdade um convite para a pregação do evangelho. E o evangelho é simples: Cristo morreu pelos nossos pecados. Esta é a mensagem central, o ensinamento que o Apóstolo Paulo recebeu e transmitia aos seus ouvintes mesmo debaixo de forte perseguição dos judeus e dos gentios!

Diferente de Paulo, hoje nós vivemos num país que tem ampla liberdade religiosa. Nós não temos medo de que a polícia interrompa nossas reuniões. Temos acesso à Bíblia, liberdade de culto, liberdade para expressar o que cremos de forma pública e reservada.

Entretanto, mesmo na presença de toda esta liberdade, muitos de nós somos incapazes de falar de Deus em muitas situações. Por que no calamos? O que nos leva ao silêncio sobre Deus? Por fim nos engajamos em vários assuntos, falamos do tempo, da política, do futebol, mas temos algumas travas para falar de Deus. Não é estranho? 

O apóstolos Paulo sabia que existem alguns pensamentos que nos aprisionam e prejudicam a pregação. Eles são capazes de manter a nossa boca fechada e anular completamente a nossa capacidade de anunciar a Cristo para os demais. Estes pensamentos ocorrem na minha mente, na sua e também foram frequentes na mente do Apóstolo Paulo.


Sentimento de Inferioridade

Um deles é o nosso sentimento de inferioridade. A gente pensa "eu sou tão pequeno, tão inexperiente, não sei falar bem, vou deixar esta tarefa da pregação com o pastor". 

Mesmo que pareça incrível, este mesmo pensamento passava pela cabeça do grande Apóstolo Paulo. Ele disse: "Eu sou o menos importante dos apóstolos" I Cor. 15:9



Entre os apóstolos, Paulo se sentia o menor, o último, aquele que não merecia estar na lista, mas ele concluiu que a comparação com outras pessoas não era saudável. Ele passou a pensar em si mesmo apenas como um instrumento nas mãos de Deus: "mas pela graça de Deus, sou o que sou". Deixando de lado quem ele era, passou a pensar no que a graça de Deus era capaz de fazer através dele.

O antídoto para o sentimento de inferioridade é a confiança na graça de Deus. Paulo reagiu da seguinte forma: sou pequeno sim, mas a graça de Deus me alcançou e a presença d'Ele em minha vida vai frutificar. 


Um passado triste

Outro fator que prejudica a nossa pregação é nos prendermos aos erros do passado. Nesta mesma passagem das escrituras o apóstolo continua: "Eu sou o menos importante dos apóstolos, pois persegui a Igreja de Deus" I Cor. 15:9

Quando Estêvão foi apedrejado, o apóstolo Paulo estava presente, concordando com a sentença e segurando as vestes do primeiro mártir da Igreja. Certamente havia parentes de Estêvão na Igreja, havia parentes de outros crentes que foram mortos, presos ou perseguidos pelo rabino Saulo.



Isto era motivo suficiente para que o apóstolo pensasse que não era a pessoa mais indicada para anunciar a fé cristã, a fé que ele combatia até pouco tempo atrás. "Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou pior". I Timóteo 1:17

Novamente ele afirma que a graça de Deus alcançou sua vida e que agora ele foi feito pregador do evangelho. Ele aceitou o sacrifício de Cristo, o perdão dos pecados, a novidade de vida. Sendo nova criatura ele estava apto a escrever uma nova história e realmente escreveu uma das mais belas.


Não se sentir um vencedor

Hoje em dia o teologia da prosperidade tem colocado a pregação do evangelho como uma exclusividade dos vencedores. Aquele que venceu o câncer, aquele que saiu da sarjeta e virou empresário, aquele que pagou um milhão de dívidas ou ganhou um milhão de reais.

Não é mais a mensagem do Cristo que morreu pelos nossos pecados. É a mensagem de que outros venceram na vida e você vencerá também. Esqueça Cristo, o que importa são os sucessos pessoais. Não tem lugar para os fracos, para os pobres, para os doentes. 

Não é mais toda honra e toda glória ao Senhor. É toda honra e toda glória à persistência, ao esforço próprio, a busca própria, independente da vontade de Deus. Presume-se que Deus vai enriquecer, curar e pagar as dívidas de todos e que agora só depende da nossa insistência, do nosso sacrifício - muitas vezes traduzido numa oferta financeira - para receber o milagre.

Isto não é bíblico. A vontade de Deus é soberana. Muitos homens de Deus pediram a cura e não receberam. Pediram riquezas e não receberam. Na primeira carta aos Coríntios, Paulo afirma: "para envergonhar os poderosos ele escolheu o que o mundo acha fraco" I Coríntios 1: 27

Paulo sabia de sua fraqueza, mas não entendia isto como impedimento para a pregação do evangelho. A mensagem do evangelho precisa produzir frutos em nossa vida, mas este fruto nem sempre será a riqueza material ou outros pontos que são importantes para o mundo, e não para Deus. 



A honestidade prega o evangelho. O casamento prega o evangelho. A visita ao pobre, ao preso, ao órfão e à viúva é uma maneira de pregar o evangelho. Não preciso dar meu testemunho de riqueza, posso dar meu testemunho de honestidade e de amor pelas pessoas. 

Um testemunho destes pode não ser selecionado para passar na televisão, mas é a verdadeira religião. Acredite, até mesmo as nossas dificuldades estão pregando o evangelho. Tem muita gente observando que mesmo na crise, na doença, na dificuldade, você não perdeu sua fé e manteve a comunhão com Deus. 

O apóstolo Paulo entendeu que o evangelho não era anunciar a si mesmo e suas próprias vitórias, mas sim anunciar o plano de salvação de Deus que deu o Seu filho para nossa salvação.  

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o 
Seu filho unigênito para que todo aquele que n'Ele crê 
não pereça mas tenha a vida eterna. 
João 3: 16

Se pensarmos assim, derrubaremos mais uma barreira para a pregação do evangelho.


A necessidade de elogiar.

Hoje em dia vivemos uma cultura de bajulação. As pessoas são levadas a uma mentalidade de positivismo para pregar bênção, crescimento, prosperidade. São poucos os que querem ser profetas da santidade, do abandono do pecado, da lei de Deus. 

Todos dizem o que os outros QUEREM ouvir. Temos vergonha ou medo de dizer o que as pessoas precisam ouvir. Mas quem ama fala a verdade, mesmo que os outros não queiram ouvir.

A Bíblia não manda que os pecadores procurem a igreja. A Bíblia manda a igreja buscar pelos pecadores. Somos nós que precisamos vencer as barreiras de anunciar a salvação em Cristo Jesus.


Vamos pregar o evangelho

Quero convidar você para pregar o evangelho. Mesmo que você se sinta pequeno, tenha vergonha do seu passado, não se sinta um vencedor ou tenha receio de contrariar as pessoas dizendo verdades que elas não querem ouvir. 

Vamos vencer todas as barreiras da pregação e entregar um folheto, quem sabe iniciar uma conversa ou fazer uma visita. O importante é anunciar a boa notícia de que Cristo morreu pelos nossos pecados e que por meio d'Ele podemos alcançar a vida eterna.

A graça de Deus nos alcançou e ela precisa frutificar.


Que o Senhor te abençoe e te guarde
Que o Senhor te ajude a anunciar o evangelho 
te dê a Paz

quarta-feira, 4 de maio de 2016

O cristão e o amor

O papel do amor na vida cristã

Deus é amor e nos ordena amar: a Ele mesmo, ao próximo, à esposa e até aos nossos inimigos. Amar é mais do que um sentimento, uma flexada de cupido. Amar é verbo, é prática, é ação.

Aquele que não ama, não conhece a Deus. Aquele que diz que ama a Deus, mas odeia o seu irmão é mentiroso. É por isto que a vida cristã precisa estar recheada de amor.



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Estamos lendo a Bíblia juntos. A cada semana são cinco capítulos das Escrituras com a proposta de ler apenas um deles a cada dia útil. Nos finais de semana não precisa ler ou podem ser utilizados para colocar a leitura em dia.

Nesta semana nós lemos o trecho de I Coríntios 9 a 14 e no sábado, a mensagem da Palavra de Deus falou conosco através do "hino ao amor cristão", passagem bem conhecida do capítulo 13, que é utilizada inclusive em canções da música secular:

Ainda que eu falasse a língua dos homens e 
falasse a língua dos anjos, 
sem amor, 
eu nada seria 

Na Bíblia encontramos todos os estilos literários e neste trecho das Escrituras somos presenteados com um poema maravilhoso escrito pelo Apóstolo Paulo que não deixa nada a desejar aos salmos de Davi.

Aqui o amor é retratado como elemento central da vida cristã, considerado superior até mesmo que à fé e a esperança. 

Mas um fato curioso sobre o amor é que Deus nos ordena a amar. Como isto seria possível? Em geral, as pessoas entendem o amor como um sentimento mágico, fora de controle, que acontece e some sem qualquer explicação lógica.

Entretanto a Bíblia nos ordena amar. Veja o que Jesus disse em Mateus capítulo 22 e versos 36 a 40:

Mestre, qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei?Jesus respondeu:— “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente.” Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais importante é parecido com o primeiro: “Ame os outros como você ama a você mesmo.” Toda a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas se baseiam nesses dois mandamentos.

Amar é mandamento. Amar a Deus e amar ao próximo. Assim como você precisa ter inteligência e vontade para recusar uma oferta de suborno, você precisa de inteligência e vontade para amar. Amar é intencional, fruto da inteligência, da maturidade, do planejamento.

Deus ordena aos maridos que amem as suas esposas. Veja o que está escrito em Efésios capítulo 5 e versos 25 e 28 a 31:


Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela. O homem deve amar a sua esposa assim como ama o seu próprio corpo. O homem que ama a sua esposa ama a si mesmo. Porque ninguém odeia o seu próprio corpo. Pelo contrário, cada um alimenta e cuida do seu corpo, como Cristo faz com a Igreja, pois nós somos membros do corpo de Cristo. Como dizem as Escrituras Sagradas: “É por isso que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua esposa, e os dois se tornam uma só pessoa.” 
Por fim, Deus ordena algo inusitado, algo que não tem paralelo na filosofia do mundo: que o cristão ame até mesmo os seus inimigos. É o que disse Jesus em Mateus 5: 44 a 48


Vocês ouviram o que foi dito: “Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.” 44Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu. Porque ele faz com que o sol brilhe sobre os bons e sobre os maus e dá chuvas tanto para os que fazem o bem como para os que fazem o mal. Se vocês amam somente aqueles que os amam, por que esperam que Deus lhes dê alguma recompensa? Até os cobradores de impostos amam as pessoas que os amam! Se vocês falam somente com os seus amigos, o que é que estão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! 48Portanto, sejam perfeitos, assim como é perfeito o Pai de vocês, que está no céu.
Quem não entende o amor, não entende a salvação providenciada pelo Deus que é amor. Deus nos amou primeiro e deu o seu filho para morrer em nosso lugar. Como entender isto senão pelo amor? A graça, o perdão e a salvação só podem ser compreendidos sob a perspectiva de um Deus amoroso que se preocupa conosco.

Por outro lado, a prática do amor em nosso cotidiano vai revelar a presença de Deus em nossas vidas. Quem pouco ama, pouco conhece a Deus. Quem muito ama, está bem próximo d'Ele. 


O amor é ordenado por Deus porque quem ama dispõe de uma ferramenta maravilhosa para facilitar a vida em sociedade, que poderia ser comparada ao óleo lubrificante no motor de um carro. Quando são colocadas em movimento, as peças metálicas na parte interna de um motor estão em constante atrito. O óleo lubrificante é o elemento que permite a interação sem que as peças sofram desgaste ou superaquecimento. O motor pode funcionar sem óleo, mas em pouco tempo o atrito causa a destruição do equipamento levando a um resultado que a gente chama de "motor fundido". 

Na vida cristã, o amor cumpre este papel do óleo lubrificante. O atrito com outras pessoas é natural quando entramos em movimento para fazer a Obra de Deus. Existe atrito no casamento, na relação pais e filhos, na escola, no trabalho e na igreja. Pessoas trabalhando juntas num mesmo projeto estarão sempre sujeitas ao desgaste e ao superaquecimento causados pelo atrito, e por fim o projeto pode se transformar num motor fundido. 

Por esta razão é que o Senhor nos recomenda a amar em I Coríntios 13:

Quem ama é paciente e bondoso
Quem ama não é ciumento, nem orgulho, nem vaidoso
Quem ama não é grosseiro nem egoísta
Não fica irritado nem guarda mágoas
Quem ama não se alegra quando alguém faz alguma coisa errada
Mas se alegra quando alguém faz o que é certo
Quem ama nunca desiste
Mas suporta tudo com fé, esperança e paciência
O amor é eterno

São elementos que lubrificam as relações sociais, permitindo o seu funcionamento de forma harmoniosa. Só o amor permite que o casamento prospere, que a família permaneça unida e que a Igreja cumpra o seu papel de evangelização. Somente o amor pelas almas nos leva à pregação do evangelho. Somente o amor pela Obra nos faz perdoar o irmão e manter nossa comunhão com ele e com Deus.

O amor é o óleo lubrificante do motor cristão. 
Quem não sabe disto entra em atrito, superaquece e funde o motor.  

Que o Senhor te abençoe e te guarde
Que o Senhor te trate com bondade e misericórdia
Que o Senhor olhe pra você com amor e te dê a paz.