sexta-feira, 24 de junho de 2016

Quem é Deus?

Na carta do apóstolo Paulo aos irmãos da Igreja de Deus na cidade de Colossos ele revela "o mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações". 

E qual é este mistério? 
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O mistério apresentado na carta aos Colossenses é a pregação do evangelho. A união de todas as pessoas, de qualquer país, de qualquer raça, homens e mulheres, escravos e livres até a presença de Deus, como pessoas espiritualmente maduras, por meio de Cristo. 

Este mistério estava encoberto aos olhos do povo de Israel e agora deve ser manifesto a todas as nações. É isto que o apóstolo explica no primeiro capítulo de Colossenses.

Uma curiosidade: no capítulo 4 de Colossenses, versículo 16, o apóstolo Paulo menciona a carta que escreveu para a Igreja de Deus na cidade de Laodicéia. Infelizmente esta carta não foi preservada a ponto de chegar até nós. A igreja de Laodicéia é mencionada novamente no livro do Apocalipse, mas esta carta de Paulo endereçada a eles nunca foi encontrada.
Na carta aos colossenses o principal objetivo é combater falsos ensinos como a adoração de anjos e a obrigatoriedade das práticas judaicas aos novos convertidos da fé cristã. Durante seu ensino, Paulo apresenta a fé genuína no único e verdadeiro Deus, que se revela ao homem através das Sagradas Escrituras.

Mas quem é Deus? Como as pessoas enxergam a pessoa de Deus nos dias atuais? Você verá a seguir um resumo do que pensam sobre Deus nas várias correntes filosóficas e religiosas do mundo:


Imagine que este esquema é como uma balança antiga em que o peso correto só é encontrado quando o ponteiro apontar para o centro. Enquanto estivermos pendendo para um lado ou para outro, a medida não estará correta. Agora vamos considerar as várias correntes de pensamento em sentido horário começando pelos ateus. 



Ateísmo. O ateu é aquele que nega a existência de Deus. Para ele Deus é uma invenção humana. Para o ateu não existe um ser pessoal e inteligente acima de nós. Estamos sozinhos, não existe mundo espiritual. O planeta e tudo o que tem nele surgiu de um evento cósmico (Big Bang) sem a interferência de um criador. Entre os ateus famosos, encontramos o ex-presidente Fernando Henrique Cardozo.


Panteísmo. Um pouco além dos ateus, encontramos aqueles que defendem o panteísmo. Esta corrente de pensamento acredita que tudo é Deus e Deus é tudo. Eles negam a personalidade de Deus. Neste conceito, Deus é manifesto pela criação e se confunde com ela. Acreditam que não existe uma pessoa, alguém que seja Deus, mas sim, numa energia que está em tudo e em todos. O Taoísmo, religião oriental formulada por Lao Tsé com base nos ensinos de Confúcio, é um bom exemplo de religião panteísta.

O panteísmo científico exalta as riquezas da criação e coloca o cosmos como algo divino e consideram o planeta terra sagrado. São defensores da natureza, não porque querem preservar a criação de Deus, mas porque acreditam que a criação é Deus; a energia que move a todos, que faz a vida funcionar. 



Agnosticismo. Logo depois do panteístas encontramos os agnósticos. Para um agnóstico Deus não pode ser conhecido. O agnóstico não nega que possa existir Deus como faria um ateu, eles afirmam que não é possível negar nem afirmar com certeza a existência de Deus. E, se Deus existe, o homem não é capaz de conhece-lo. O agnóstico nega a revelação de Deus. 

Entre os defensores desta corrente encontramos o ator Brad Pitt.

  
Monoteísmo. Na sequencia encontramos aqueles que acreditam na existência de Deus (diferente dos ateus), acreditam que Deus é um ser pessoal (diferente do panteísta) e que se revelou ao homem (diferente do agnóstico). 

Este grupo pode ser chamada de monoteístas. Existem três religiões monoteístas no mundo: os judeus, os muçulmanos e os cristãos. A diferença entre eles é o livro e o profeta por meio do qual o Deus que acreditam se revelou ao homem.

Povo
Nome de Deus
Livro
Profeta
Muçulmano
Alah
Alcorão
Maomé
Judeu
JHVH
Torah
Moisés
Cristão
Jeová
Bíblia
Jesus

Para os muçulmanos existe um único Deus, Alah, que se revelou ao homem por meio dos escritos do profeta Maomé, o Alcorão. Para os judeus existe um único Deus, cujo nome é composto por quatro letras (JHVH) e não deve ser pronunciado, que se revelou ao homem através dos escritos da Torah, a partir do grande profeta Moisés e outros do antigo testamento.

Já para os cristãos, existe um único Deus, o mesmo Deus do povo de Israel, que se revelou ao homem através da Bíblia Sagrada. A Bíblia é a reunião dos livros da Torah com os escritos dos apóstolos do grande profeta e salvador da humanidade: Jesus Cristo.

Nós defendemos o monoteísmo bíblico. Isto significa que acreditamos em Deus, um Deus pessoal, que tem inteligência e vontade, e que se revelou ao homem através da Bíblia Sagrada, primeiramente ao povo de Israel e agora, por meio de Cristo, a toda a humanidade. 

Escute, povo de Israel! O Senhor, e somente o Senhor, é o nosso Deus
Deuteronômio 6: 4 
Porém para nós existe somente um Deus, o Pai e Criador de todas as coisas, para quem nós vivemos. E existe somente um Senhor, que é Jesus Cristo, por meio de quem todas as coisas foram criadas e por meio de quem nós existimos. 
I Coríntios 8: 6
Este é o fiel da balança. O ponto central da da maior verdade revelada nas Escrituras: existe um ser vivo, supremo, auto-existente, pessoal, inteligente, criador de todas as coisas, que habita no mundo espiritual e se revelou ao homem através do povo de Israel e de Cristo. 

A partir deste ponto vamos caminhar para outras filosofias que também se afastam da verdade, deixando o único Deus verdadeiro, diminuindo a sua supremacia e importância até chegarem por outro caminho, à mesma descrença dos ateus. 

Monoteísmo Composto. Muitos religiosos são monoteístas e insistem em afirmar que Deus é um ser único e pessoal, mas acreditam que esta unidade é composta. Este grupo nega a unidade simples de Deus. Negam o tesouro mais precioso do povo de Israel (Deut. 6:4), a pregação de Cristo (João 14:28) e dos apóstolos (ICor. 11:3).

Apesar de contraditória, esta noção de unidade composta é defendida por várias correntes de pensamento cristão e de várias maneiras:



1. Unicistas. Os unicistas pregam que Deus é um só Deus que se manifestou em três pessoas: o Pai no antigo testamento, Cristo no novo testamento e agora como Espírito Santo. Eles Não acreditam em três pessoas. Acreditam numa única pessoa que assumiu três formas de se manifestar aos homens. Sendo assim, Jesus era o próprio Deus (o Pai) que esteve na terra. 

Fica difícil imaginar Jesus orando a si mesmo, ou mais difícil ainda entender quem foi que ressuscitou a Cristo, se ele era o próprio Deus no sepulcro. 

2. Dualistas. Para os dualistas Deus é um único ser manifesto em duas pessoas: o Pai e Jesus Cristo, excluindo o Espírito Santo da pessoa de Deus. Para eles Deus é Deus, Jesus é Deus e ambos são o mesmo Deus. 

3. Trinitarianismo. Para os trinitários existe apenas um Deus, manifesto em três pessoas. São monoteístas no sentido estrito da palavra, mas acreditam na unidade composta para afirmar que Deus é Deus, Jesus é Deus e o Espírito Santo é Deus, sendo três pessoas distintas, subsistindo numa única essência, um mesmo Ser. Para os trinitarianos não existem três deuses, isto seria politeísmo. Eles acreditam num único Deus que se manifesta em três pessoas ao mesmo tempo: é o mistério da Santíssima Trindade.

Todas estas correntes negam a unidade simples de Deus, mesmo afirmando serem monoteístas.

Politeísmo. O politeísta acredita que Deus existe, é pessoal e conhecido do homem, mas nega existência de um único Ser supremo. Para o politeísta existem muitos deuses, muitas divindades que merecem a adoração do homem. 

O hinduísmo praticado na Índia é um exemplo de politeísmo. As pessoas tem uma gama enorme de divindades e seguem o deus de sua preferência, conforme a casta familiar, a região geográfica ou a necessidade do momento.


Místicos. Os místicos acreditam numa hierarquia de divindades. Não são necessariamente um deus a ser seguido, mas uma infinidade de seres com poder específico, capazes de ajudar ou atrapalhar o homem em determinados assuntos. 

Os místicos acreditam em deuses, santos, fadas, duendes, bruxas. Na mitologia grega temos deuses maiores e deuses menores, semi-deuses e humanos com poderes especiais formando uma hierarquia de poder. 


Humanistas. Por fim chegamos à filosofia humanista, que é um outro tipo de ateísmo, por acreditar que o próprio homem é um tipo de deus. Grande parte do que defende o movimento chamado de Nova Era é baseada nesta filosofia.

Parte deste pensamento já contaminou o meio cristão. É por isto que vemos pessoas "determinando" bênçãos, "cultos motivacionais" e de "empoderamento" afirmando que o homem pode alcançar tudo e qualquer coisa. Em última análise, estão utilizando a fé cristã para dar vazão ao deus interior, a capacidade infinita que vem de nós mesmos, neste caso, usando Deus como ferramenta para alcançar desejos egoístas.

Com este pensamento o roteiro não é colocar o homem a serviço da soberana vontade de Deus, e sim, colocar Deus a serviço da nossa própria vontade, sendo geralmente bênçãos e riquezas.


Este é um panorama das várias maneiras de se entender quem é Deus. O ateu e o humanista estão mais distantes da verdade e os demais vão se aproximando do centro e da verdade, conforme descrito a seguir:

1. O ateu diz: não existe deus;
2. O panteísta diz: não existe um deus pessoal, tudo é deus e deus é tudo;
3. O agnóstico diz: não sei se deus existe ou não, mas se ele existe, não podemos conhece-lo;
4. O monoteísta diz: existe um único deus e ele se revelou através do meu livro

O monoteísta bíblico diz: existe um único e soberano Deus, revelado na Bíblia Sagrada que nos dá acesso à vida eterna por meio de Jesus Cristo. João 3: 16 

4. O monoteísta composto diz: existe um deus que se revela em várias pessoas;
3. O politeísta diz: existem vários deuses e todos são deus;
2. O místico diz: existem várias deidades com poderes maiores e menores;
1. O humanista diz: eu mesmo sou um deus, a força divina irradia a partir de mim.



Todas estas doutrinas e filosofias são contrárias ao ensinamento bíblico. Foi isto que defendeu o apóstolo Paulo em suas cartas às igrejas, combatendo heresias e más interpretações do evangelho.

Talvez uma das maiores dificuldades fosse convencer os novos convertidos de que eles, sendo gentios e idólatras, pudessem se transformar no povo de Deus por meio da fé em Cristo. Este desafio está gravado na carta aos Colossenses 3: 12 "Vocês são o povo de Deus. Ele os amou e os escolheu para serem dele."


Que o Senhor te abençoe e te guarde,
Que o Senhor te faça confiar no único e soberano Deus,
E te dê a paz.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Salvação: evento ou processo?

Na mensagem desta semana falamos sobre a maratona do cristão rumo ao prêmio da vida eterna, com base na carta do apóstolo Paulo ao Filipenses.

Agora vai uma pergunta: a salvação é um evento ou um processo? 
Descubra a resposta agora.

Assista o vídeo, leia o texto abaixo

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"Esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente". Esta declaração do apóstolo Paulo nos mostra a postura ideal na caminhada cristã. O passado de pecado ficou para trás, o passado de conquistas ficou para trás, o passado é passado e tudo o que temos é o que está na nossa frente.

Como uma corrida, precisamos esquecer o trajeto que já foi percorrido. Ele não interessa mais. Toda nossa atenção deve estar concentrada no percurso que ainda temos de trilhar para cruzar a linha de chegada. Haverá momentos em que pensamos em desistir, o cansaço aperta, as pernas doem, a sede coça a garganta, mas é preciso resistir e continuar correndo. Somente a continuidade é que nos assegura a chance de concluir a maratona.



Algo semelhante também ocorre com a nossa salvação. A salvação não é um evento, não é um momento único em que a pessoa levanta a mão aceitando a Jesus, nem mesmo aquele momento em que desce às águas do batismo. A salvação é uma maratona, a maratona de todo cristão.

Foi isto o que declarou o apóstolo Paulo: "Não estou querendo dizer que já fiquei perfeito, mas continuo a correr para conquistar o prêmio". Filipenses 3: 12

O batismo pode ser comparado à inscrição nesta maratona. Esta é uma fase muito importante porque somente os inscritos poderão receber o prêmio. Se alguém correr toda a maratona, mas não estiver inscrito, correrá o risco de não ser reconhecido como ganhador pelos organizadores da corrida.



"Porque vocês foram batizados para ficarem 
unidos com Cristo." Gálatas 3: 27

Depois da inscrição vem a fase da corrida. O trajeto é longo, muitos vai cair, tropeçar ou até mesmo desistir da prova. É uma longa jornada que vai amadurecendo a nossa vida cristã. Neste ponto é importante notar que não fazemos boas obras PARA sermos salvos. Nós fazemos boas obras PORQUE somos salvos.

Você não corre PARA se inscrever na corrida. Você corre PORQUE já está inscrito. As obras não salvam, elas demonstram que a salvação está em processo, agindo, transformando a vida daquela pessoa.


Certa vez o apóstolo reclamou: "Vocês já deviam ser mestres, mas ainda precisam de alguém que lhes ensine as primeiras lições." Hebreus 5:11

Também sobre a maratona cristã: "O atleta que toma parte numa corrida não recebe o prêmio se não obedecer as regras da competição." 2 Timóteo 2:5

Por fim, ao cruzar a linha de chegada receberemos o prêmio. Esta linha de chegada é a morte daqueles que guardarem a fé até o final, ou a vinda do Senhor Jesus.

"Fiz o melhor que pude na corrida, cheguei até o fim, conservei a fé" 2Timóteo 4: 7,8

"Mas nós somos cidadãos do céu e estamos esperando ansiosamente o nosso Salvador que virá de lá" Filipenses 3: 20



Se você ainda não está inscrito na maratona, é preciso decidir-se por Jesus e receber o batismo. Se você já está inscrito, é preciso prosseguir com os olhos no restante da corrida, concentrar-se neste propósito até o fim para cruzar a linha de chegada e reencontrar todos aqueles que já dormem em Cristo.

Que o Senhor te abençoe e te guarde
Que o Senhor proteja os teus passos durante toda a maratona
E te dê a paz. 

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Suportando uns aos outros

O amor que nos une está retratado na carta do Apóstolo Paulo aos Efésios. Este amor é parte fundamental do suporte que devemos oferecer aos irmão na fé. Conheça nesta mensagem um pouco mais sobre as atitudes que demonstram o nosso amor pelos demais. 

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Na carta aos Efésios, capítulo 4 e verso 2, encontramos o seguinte: "Sejam sempre humildes, bem educados e pacientes, suportando uns aos outros com amor."

É importante destacar que existe um duplo sentido neste "suportando uns aos outros". O primeiro fala de suporte, apoio que devemos oferecer aos que estão trilhando a caminhada de fé junto conosco. Você pode apoiar ou dar suporte para várias causas humanitárias, como os Médicos Sem Fronteiras; causas ambientais como o Green Peace; pode doar dinheiro para uma instituição de caridade, doar alimentos para uma família necessitada ou ainda apoiar financeiramente a sua igreja local.

Tudo isto é dar suporte. É usar os seus recursos pessoais em favor de outra pessoa ou de uma causa que conte com a sua simpatia. Neste sentido a Bíblia é clara em recomendar que sejamos capazes de apoiar a própria família, visitar o doente, o preso, socorrer aquele que passa por necessidades. 

Quem fizer isto está dando suporte aos demais e o que ele fizer, será considerado como um préstimo feito ao próprio Cristo. (Mateus 25: 34 a 40) 

O outro sentido desta expressão é o de tolerância. Suportar o outro é ter paciência com ele. Este suporte é muito importante para conseguirmos integrar os novatos na fé. É difícil aceitarmos o diferente, pois nossa preferência é pelo relacionamento com os iguais.

Em Colossenses 3: 12 a 17 vemos um grupo de pessoas bem distintas que devem ser harmonizados pela igreja. Pessoas com diferentes idades, gênero, maturidade, dons, nível educacional e preferências, são idênticas perante Deus. Somos todos filhos, somos todos irmãos. É preciso tolerar as diferenças, suportar o diferente, encontrar uma forma de convívio saudável que permita o crescimento de todos até a estatura de Cristo.

Precisamos uns dos outros, e este entendimento é parte fundamental da vida em comunidade.

Se você é parte da igreja, você precisa dar suporte (apoio) para os demais e também suportar (ter paciência) com os demais. "Suportando uns aos outros" significa apoio e paciência. E só aquele que tem amor consegue ajudar o diferente e tolerar as diferenças.

O apóstolo Paulo não é o apóstolo do amor, mas deu uma grande lição de amor cristão na carta aos Efésios. Cabe a nós exercitar no dia a dia os ensinos que ele nos deixou.

O Senhor te abençoe e te guardeO Senhor te dê coragem e paciência para suportar os demaise te dê a paz. 



sexta-feira, 3 de junho de 2016

Guiados Pelo Espírito

Introdução aos Gálatas
Você já leu a carta do apóstolo Paulo aos Gálatas?

É um texto bem pequeno (apenas seis capítulos), com uma grande mensagem para os dias atuais. 

Assista o vídeo, leia o texto abaixo ou baixe o áudio desta mensagem no seu celular.

Você certamente já ouviu falar nos gauleses que resistiram bravamente à invasão do império romano no norte da França. A bravura deles deu origem aos contos de Asterix, a mais bem sucedida história em quadrinhos da França, publicada com muito sucesso também no Brasil. Pois é, eles são o mesmo povo da carta aos gálatas.

Três séculos antes de Cristo um grupo de gauleses deixou sua terra natal e emigrou para a região da atual Turquia onde mais tarde os seus descendentes conheceram o evangelho por meio da pregação apóstolo Paulo. Ou seja, os gálatas são os mesmos gauleses, mas vivendo numa terra bem distante (a Turquia atual) e não em sua terra natal (a região da França).

 A carta aos Gálatas tem dois temas principais: reafirmar a autoridade do apóstolo Paulo que era contestada por algumas pessoas e também deixar clara a diferença entre a Lei e a Graça.

No capítulo cinco, ele lista as obras da carne e quais são os frutos do espírito na vida daquele procura ser guiado por Deus.


Gálatas 5: 16 a 26
Deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e
Não obedeçam aos desejos da natureza humana.



O apóstolo afirma que existem duas forças com interesses contrários atuando simultaneamente em nosso ser. De um lado está a força do espírito. Ela nos coloca em contato com Deus, na busca pelas coisas que são do alto, do sobrenatural. De outro lado está a força da carne. Ela nos leva a confiar na força do braço, na nossa própria capacidade.

Paulo afirma: a carne deseja o que é contra o espírito e o espírito deseja o que é contrário à carne. 

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Estas forças atuam dentro de nós e são invisíveis. Mas elas moldam nossos pensamentos, formam convicções e no final são projetadas no mundo exterior através de atitudes práticas. Esta revelação prática das forças invisíveis do espírito e da carne, é chamada pelo apóstolo de obras.

No capítulo cinco da carta aos Gálatas, encontramos uma lista das obras da carne e outra lista com as obras do espírito. A presença destas obras na vida de uma pessoa é capaz de revelar qual das forças (carne ou espírito) está atuando com mais liberdade em seu interior.

Vamos começar pelas obras da carne.


Nesta lista encontramos cinco categorias de obras provenientes da carne, que constituem pecados de natureza:
1. Sexual: prostituição, impureza e lascívia;
2. Religiosos: idolatria e feitiçaria;
3. Emocionais: raiva, ambição e inveja;
4. Descontrole: bebedeira, farras e glutonaria;
5. Relacionais: inimizade, brigas, ciumeiras e desunião.

A lista é bem clara, mas tem um problema. A cultura que impera em nossa sociedade, elevou estes pecados ao lugar de virtudes. É isto que chamamos de inversão de valores. Em vez de condenarmos a prostituição, ela é retratada como algo bom e desejável no meio artístico, nas músicas populares e nas novelas.

A ambição passou a ser requisito desejável nos anúncios de vagas de emprego. Beber muito é motivo de orgulho para os que apreciam a bebida alcoólica. Farras e sensualidade são temas sempre presentes nos clipes musicais. A inversão está presente porque vemos o mau sendo retratada como bom e o que é pecado agora é apresentado como virtude.

A luta do cristão é viver uma contra-cultura. Todos estão nesta direção, mas nós estamos na contra-mão dos demais apontando os frutos da carne como pecado e não como virtude. É preciso ter coragem para fazer isto. É preciso coragem para recusar o convite dos amigos e também para se opor à nossa própria tendência pecaminosa.

A lista está aí. Uma vida sem o Espírito de Deus vai produzir estas atitudes, as obras da carne.


Mas o apóstolo continua sua carta e apresenta também as obras do espírito que dividimos em dois grupos:

Paz interior: amor, alegria, paz e domínio próprio;
Paz com o semelhante: paciência, delicadeza, bondade, fidelidade e humildade.

Na presença do Espírito de Deus, a pessoa vai produzir atitudes que pacificam a vida, acalmam a existência, nos ajudam a viver bem, com alegria e comunhão com o nosso semelhante. Dentro de nós haverá amor e alegria para enfrentar os problemas e também o domínio próprio para recusar as obras da carne.

Na presença do Espírito de Deus seremos capazes de conviver melhor com os demais por meio da paciência, bondade e humildade. Uma vida controlada pelo Espírito produz frutos que abençoam a própria pessoa e também aqueles que convivem com ela.

Mas se as duas forças estão presentes em nosso ser, qual delas vai prevalecer? É simples: aquela que alimentarmos melhor. Se alimentamos a carne, ela se sobrepõe ao espírito e nossa vida vai mostrar as obras da carne. Se alimentarmos o espírito, ele vencerá a carne e produziremos os frutos do espírito.


E como posso alimentar o espírito para que ele vença a carne?
Com duas atitudes práticas:

Primeiro: Cuide da sua mente. 
Você não pode evitar que um pássaro pouse em sua cabeça. Mas certamente pode impedir que ele faça um ninho. Da mesma maneira, podemos não ser capazes de evitar um pensamento mau, mas podemos impedir que ele domine nossa vida.

Paulo nos receita um filtro de pensamentos em Filipenses 4:8. Leia o texto e confirme quais são os pensamentos que devem povoar nossa mente.


Em segundo lugar: boas companhias. 
Somos a média das cinco pessoas com mais convivemos. Você não será muito melhor, nem muito pior do que elas. Não alcançará melhores resultados, nem sofrerá maiores dores do que os experimentados por este grupo.

Por isto é muito importante conviver com pessoas boas, que são guiadas pelo espírito, que valorizam a Palavra de Deus. Convivendo com bandidos, logo você achará que o crime compensa. Convivendo com professores, logo você dará valor ao ensino; convivendo com pessoas misericordiosas, logo você desejará fazer o bem a alguém.

É assim que funciona a vida e se você deseja manifestar as obras do espírito em sua vida, é fundamental cuidar do que pensa e com quem você anda.



Que o Senhor te abençoe e te guarde,

Que o Senhor produza em ti as obras do 

Espírito Santo, e te dê a paz.